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Porque é que não conseguimos espirrar de olhos abertos? Resposta a este e outros mistérios

NÃO CONSEGUIR ESPIRRAR DE OLHOS ABERTOS É MITO OU É VERDADE? E O NOSSO CÉREBRO CONSEGUE GUARDAR TODA A INFORMAÇÃO?

Jéssica Santos


Porque é que não conseguimos espirrar de olhos abertos?


Podes ficar descansado porque se tentares espirrar com os olhos abertos eles não vão explodir. Isso é um mito. Não é impossível espirrar de olhos abertos, mas é pouco provável consegui-lo. Porquê? A ciência explica.


O espirro é uma forma de o organismo se livrar de agentes invasores que pretendem infiltrar-se no nosso nariz, como o pó. No momento que antecede o espirro, várias coisas acontecem no nosso corpo. Os músculos do peito contraem-se, a garganta fecha-se e os olhos também.

David Huston, alergologista, defende que o fecho dos olhos é um reflexo involuntário do corpo não só pela contração dos músculos, mas também para proteger a região ocular das partículas expelidas no espirro. Nesta fase nunca é demais relembrar os cuidados a ter na hora de espirrar. Usa sempre máscara, mantém o distanciamento social e certifica-te que espirras para o lado de dentro do antebraço.



Porque é que temos a sensação que vamos cair quando estamos a adormecer?


De certeza que já experienciaste esta situação: estares prestes a adormecer e de repente sentires que vais cair e despertas num sobressalto.


Este fenómeno chama-se mioclonia noturna, em que os membros, principalmente as pernas, mexem-se involuntariamente e tiram-te do sono em que estás a entrar.

Segundo Carl Bazil, diretor do Centro de Distúrbios do Sono em Nova Iorque, em declarações ao The Cut, ainda não existe uma explicação científica para este fenómeno.

A teoria mais defendida diz que a mioclonia noturna represente o conflito de o cérebro com ele próprio: o sistema cerebral que nos mantém despertos interfere com o sistema que nos encoraja a adormecer.



Porque é que ficamos com algumas músicas na cabeça?


Há músicas que se instalam no cérebro como verdadeiros parasitas. Por norma, tratam-se de faixas com letras simples e fáceis de cantar e um ritmo repetitivo, segundo um estudo apresentado na 12ª Conferência Internacional sobre Perceção e Cognição de Música, em 2012, na Grécia.


Os cientistas revelam que quanto mais simples for a letra de uma música, e assim mais fácil de a cantar, maior a probabilidade de ficar no nosso cérebro.

Outro aspeto interessante sobre as músicas parasitas é que basta alguém cantar apenas um trecho da música para que ela volte a ecoar nas nossas mentes. O que acontece é que, cada vez que ouvimos uma música, o nosso córtex auditivo é ativado, e, se a canção nos é familiar, basta escutar uma breve referência para despertar a nossa memória musical.



Os nossos pensamentos e o nosso conhecimento requerem espaço livre no cérebro?


O cérebro é uma biblioteca que armazena as nossas memórias e o conhecimento de toda a vida. Mas será que atinge um limite como os computadores quando reclamam que têm a memória cheia?


A resposta é não. O nosso cérebro é bem mais sofisticado que um equipamento informático. Um estudo publicado na Nature Neuroscience revela que o cérebro expulsa informações antigas para que novas possam ser armazenadas. Caso contrário, seria impossível pensarmos no presente ou futuro.

Esquecer é a maneira de o nosso cérebro selecionar as memórias, para que as mais relevantes estejam prontas a ser recuperadas. Além disso, pode também ser um mecanismo de segurança para garantir que o nosso cérebro não fica muito cheio.


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